domingo, 22 de fevereiro de 2009

Lua Negra

Amo demais que até ferida brota
na cálida, escondida lua negra
dos meus delírios (dor que desintegra
calma desnuda em chuva de gaivota).

Os olhos choram mares, geram grotas,
fabricam densa nuvem que se integra
ao corpo equivocado pela entrega
sofrida num adeus desfeito em gotas.

Amo demais, eu sei, mas o que faço
se de outro jeito não conheço o amor?
A minha sina é nunca combater

o que me atrai e gera descompasso.
Se por um lado existe o dissabor,
tenho da vida a flor que vi nascer.

Márcia Sanchez Luz - O Imaginário

Um comentário:

Márcia Sanchez Luz disse...

Diniz, que lindo ficou meu soneto "Lua Negra" em seu espaço!
Obrigada pela postagem e pelas palavras de carinho deixadas em O Imaginário.
Você e Gília são uns amores, viu?

Beijos em seus corações

Márcia